Utópica

Tenho a ligeira impressão de que vivo presa à contradição.
Adentro a noite sem fechar os olhos, nego a razão e devaneio em vão.
Muralhas de desejo e medo se erguem lado a lado, e eu almejo que caiam.
Iam então, sem pressa alguma, encarar a realidade insólita, os fatos e os contos.
Rasgo os mapas e de seus pedaços faço confete, acredito no improvável e não me rendo ao óbvio escancarado.
Idealizo, com fascínio, o toque e o gosto, e incontáveis vezes me contento em silêncio.

Sob o céu enegrecido, ao contemplar o brilho da lua, sustento no face, a alegria do peito.

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