Labaredas congeladas

O mede insiste em se manter imaculadamente próximo, mesmo com a reverberante verdade de que o perigo nunca esteve presente.

Fagulhas de arrependimento pairam sobre o ego.
Faíscas contidas aos poucos transformadas em brasas.
Álgido como há de ser a neve, escolhes então a morte como quem se cobre com seda ao desprezar as vestes rasgadas.

Sê então mórbido para com aquele que não teve nenhum entusiasmo.
A claridade incomoda os dias que parecem despertar de noites ébrias, Com ingratidão os olhos se fecham no mesmo rosto que outrora conteve risos histéricos.
Sigo como quem tenta fugir de si mesmo, em vão.

1 Rasuras:

Ana Bailune disse...

Um belo texto. Introspectivo.

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