Apagaram as luzes, mas continuo acesa...
Eu posso gritar e ninguém será capaz de ouvir,
Não pelo silêncio.
Não pelo escuro.
Mas pelos desejos abafados pelo medo,
Medo esse subjugado.
Acompanhado.
Por podridão
Desde os dedos dos pés aos fios de cabelo.
Tudo cheira a sujeira,
Por onde estive e o que andei fazendo...
Não importa com quem, muito menos por que.
Borrões, na tentativa de apagar um passado ainda pior.
Me entrego, me perco.
E de nada adianta.
Vira e mexe, volta.
Todo arrependimento jogado pela janela.
Todo sentimento guardado.
Serve de comparação, apenas isso.
Semelhante no lugar daquele que foi proibido.
Finjo não saber de mim, mas sei bem onde ele está.
Ele ouve a mesma canção e canta para mim, o que eu sussurro sem pensar.
Até a noite acabar.
( Ou até que um ou outro se canse de esperar. )
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3 Rasuras:
Como se fossemos quimeras reais, impassiveis.
Belo.
É ele ouve a mesma canção.
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